GRACILIANO RAMOS
VIDAS SECAS E A FILOSOFIA
Resumo
Vidas Secas é uma obra regionalista e seu título inicial foi Cardinheiras (as arribações que cobrem o “Mundo de Penas”), seu segundo título foi O mundo coberto de penas. A obra se configura pela forma peculiar de crítica a uma nação projetada na falta de um povo ainda por vir. Sua publicação foi em 1.938 e foi composta de maio a outubro de 1.937, depois de 10 meses e
10 dias na prisão sendo uma espécie de mediação ou passagem dos romances em primeira pessoa para os textos autobiográficos. Foi escrita em terceira pessoa e o autor opta por uma situação narrativa que se define pelo movimento de aproximação e distanciamento da realidade retratada, como forma de solidarizar-se com Fabiano e sua família, sustentando assim uma posição crítica rigorosa ante a dramática situação que vivenciam. Vale ressaltar que Graciliano faz uso de um artifício literário interessante, pois escreve o livro sob o ponto de vista de uma cachorra (Baleia).
Referências
BRAYNER, Sônia. Fortuna Crítica. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira; v. 2., Brasília, 1977.
BUENO, Luís. Antônio Cândido Leitor de Graciliano Ramos. Curitiba: Revista Letras, Editora UFPR, n. 74, jan/abr. 2.008, p. 74-85.
MIRANDA, Wander Melo. Graciliano Ramos/Wander Melo Miranda.- São Paulo: Publifolha, 2.004. – (Folha Explica).
RAMOS, Graciliano. São Bernardo; posfácio de Godofredo de Oliveira Neto. – 84 a. Ed. – Rio de Janeiro: Record, 2.007.
_____________________. Vidas Secas. Posfácio de Álvaro Lins, ilustrações de Aldemir Martins. 37.a ed. Rio, Record, 1977.